quarta-feira, 6 de junho de 2012

Humildade e Coragem


É, torcedor colo-colino, o Velho Índio definitivamente está alçando vôos mais altos no ano de 2012. O Colo-Colo está na final do torneio Apertura. Na noite de 5 de Junho, dia em que completavam-se 21 anos do título da Libertadores do time chileno, e que o atleta Vinicius Nardi completava 28 anos, o Colo-Colo cravava sua vaga para final, em uma partida duríssima. O adversário agora é o Clube do Aparício.

O JOGO

Com um leve favoritismo, o Colo-Colo iniciou a partida um pouco receoso, aceitando a pressão inicial do adversário que veio disposto a tirar a vaga das mãos do Velho Índio.
Com João Paulo, o Tucho, criando as jogadas pelo flanco direito dos Gaudérios, o sempre categórico professor Quadros optou por Henrique “50cent” Goettert na ala esquerda, para segurar mais a marcação, já que o faceiro, porém, faltoso Bernardo “cavalo” Quadros ainda tem falhas no setor defensivo.
Não foi diferente. João Paulo iniciou o jogo armando as jogadas do time gaúcho, e não se limitava em ficar apenas no lado direito do campo de ataque. O jogador se movimentava também pela meia cancha, confundindo assim a marcação indiana naquele setor.
Viçosa, a revelação do time chileno em 2012, já estava tendo crises de labirintite no meio campo por não saber quem marcar. Eram constantes as tabelas gaúchas naquele setor, sobrecarregando também a ala-esquerda.
O Velho Índio estudava o adversário, que se aventurava ao ataque à todo momento, deixando muitas vezes a zaga aberta. Em uma dessas atiradas ao ataque, Will, o camisa 10 indiano, roubou a bola ainda no campo adversário, driblou e bateu forte. O velho Índio abria o caminho para a final.
E não parou por aí. O camisa 10 queria mais, e teve. Em jogada muito parecida, ele bateu forte no canto do goleiro, sem chances. O Velho Índio agora tinha um pato na lagoa no placar, na virada de tempo.


PRESSÃO E BRILHO DA REVELAÇÃO


O segundo tempo foi de dois nomes. Em primeiro, o guarda-redes Colo-colino. Germano. Impecável na noite de ontem, fechou o gol e não deixou que os constantes ataques do time gaúcho tomassem forma de gol. Vale ressaltar que além dele, a dupla de estudantes, Marcelo “Seco” Tworkowski e Cezar Zanette, o Cezinha, foram gigantes na marcação, bloqueando inúmeras vezes as tentativas de ataque do time adversário.
Tentando uma reação rápida, os Gaudérios optaram por um meio campo mais cancheiro, colocando então o falador camisa 21, que sofre da síndrome de Paulo Brito, berrando “feito” a cada chute a gol na baliza adversária. Percebendo a qualidade do jogador, o outro nome do segundo tempo, Viçosa, decidiu marcá-lo de perto. Embora marcado, o camisa 21 rodava em todos os setores do campo, fazendo voltar as crises de labirintite no camisa 15, que logo tomou a mijada: “VIÇOSA, PELO AMOR DE DEUS VIÇOSA, O QUE TU TÁ FAZENDO AÍ, TU TÁ ERRADO!” esbravejou o comandante Quadros, que teve sua resposta na sequência: “O MEU É O 21, O 21. EU JÁ FALEI!” respondeu o abusado atacante.
Com os nervos a flor da pele, o Velho Índio se defendia a todo instante, clamando pelo final da partida. Mas, no finalzinho do jogo em uma jogada pela direita, com o perigoso João Paulo, a bola veio cruzada e Daniel apenas escorou. 2x1 no placar e 20 segundos para o final de jogo. Morta a cobra? Pressão para segurar o jogo? Nada disso. O Velho Índio seguiu a cartilha de um time copeiro e manteve a calma. A bola saiu no meio campo e foi rolada para o zagueiro Seco, que levantou a cabeça e tentou alçar para Henrique. O ala deixou a bola escapar e ela rumou para a lateral, porém, ao invés de recuar o time indiano marcou sob pressão. Com sucesso. O rápido camisa 10, Will, roubou a bola e tocou para o abusado Viçosa. Ele bateu forte, rasteiro, sem chances para o goleiro. 3x1 no placar e velho índio na final. É a primeira vez na sua história que o time chileno chega em uma final. A direção agora conta com toda sua torcida para o jogo de quinta-feira, às 14hs, no campo 2 do clube união. Raça, humildade e coragem, Velho Índio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário